quarta-feira, 17 de maio de 2017

Tal da saudade


Existe o mundo como enorme tela branca, à qual tem que curvar-se para pintar perto do chão e todos observarem, ou subir a extensa escada para o pincel alcançar o limite onde a visão é parca. A tela onde alguns pintam a pobreza, outros o conforto, alguns criticam – não gostam, atrapalham as pinturas; tentam lavar com água e sabão enquanto a própria consciência fica aguardando o esfregão. Eles existem e coexistem, mas muitos deles nem sabem o que é pintar.

É um novo tempo, e a mais nova maquiagem,
da engrenagem que a ferrugem não come.
A bondade sendo real ou miragem
é o mal travestido em nós (bicho homem).

Essa minha metafórica escuridão saiu do incoerente ostracismo,
viu a luz do dia e subiu até a nuvem mais supina; fez vigília,
até que do nada resolveu tornar-se poesia, arco-íris.

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